sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Talento revisto pelos outros

É muito comum haver duas fases na apreciação dos supertalentos que vão surgindo por cá. Ao impacto inicial segue-se a cascata de elogios, em forma de adjectivos que se reciclam até à exaustão. Daí à unanimidade é um instantinho. Aconteceu com Hulk na época passada, e justificadamente. O problema pode estar na fase seguinte, quando a genialidade já não surpreende, quando tudo o que se diz já não parece novo. Na busca de um ângulo diferente, ampliam-se outros detalhes. No caso de Hulk, por causa de um início de época atribulado, ampliou-se, se calhar mais do que o devido, um suposto lado explosivo da personalidade em campo. Também por isso, mas não só, esta ideia sublinhada pelo empresário do jogador - a aposta numa Liga dos Campeões em cheio - faz todo o sentido: os elogios dos outros, inevitáveis se Hulk confirmar na Champions tudo o que se espera dele, podem ajudar a reapreciar um talento como o dele. Sem forçar ângulos novos, porque o primeiro sempre foi suficientemente bom.

Hugo Sousa n' O Jogo.

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