PERCEBE-SE o que Jesualdo Ferreira quer dizer quando afirma que «o clube, os jogadores e os treinadores não convivem bem com as derrotas». Ele próprio não o consegue. Por exemplo, no final do jogo com o Sp. Braga, Jesualdo foi mais demolidor com o FC Porto do que Domingos Paciência a elogiar a sua equipa. Também se percebe: Jesualdo preparava, estrategicamente, a defesa. Ou seja, se alguém podia punir o plantel seria ele. O problema é que, com mais ou menos pedagogia, o resultado do jogo com o Braga foi inteiramente justo. E, justo ou injusto, não podia ter sido aquele, depois da derrota em Londres.
Outro problema que nasceu das declarações de Jesualdo foi a sua tentativa (conseguida) de separar a campanha da Champions da carreira na I Liga. Portanto, segundo Jesualdo, não houve duas derrotas consecutivas; houve, pelo contrário, uma derrota na Champions e, na semana seguinte, uma derrota na I Liga. Faz toda a diferença, não faz? Faz alguma. Por isso, será que pode perguntar-se por que razão o FC Porto jogou com o Sporting de Braga com uma linha parcialmente semelhante à que defrontou o Chelsea?
Contra estes argumentos, não há factos que resistam. Mesmo que sejam «bons factos», como aqueles que se esperam para este fim-de-semana, no Dragão. Sobre isso não vale a pena fazer futurologia, sondagens ou previsões. O Sporting leu Jesualdo. Esperemos, no nosso caso, que os jogadores tenham sobrevivido à pedagogia.
Volto a Hulk, para dizer que é cada vez mais fácil pespegar-lhe cartões amarelos e, em consequência, pô-lo fora de jogo. O epifenómeno conhecido por Apito Dourado (um julgamento popular e feito à medida) inaugurou um campeonato paralelo e original apenas aberto a árbitros: saber quem assinala mais faltas duvidosas contra o FC Porto e quem mostra mais cartões a jogadores da equipa. Quanto mais prejudicarem o FC Porto, mais pontos acumulam. No final, têm direito a aplauso e, quem sabe, a promoção na carreira. Para esta gente, os campeonatos de futebol deviam ganhar-se por televoto.
Francisco José Viegas, n' A Bola.
Outro problema que nasceu das declarações de Jesualdo foi a sua tentativa (conseguida) de separar a campanha da Champions da carreira na I Liga. Portanto, segundo Jesualdo, não houve duas derrotas consecutivas; houve, pelo contrário, uma derrota na Champions e, na semana seguinte, uma derrota na I Liga. Faz toda a diferença, não faz? Faz alguma. Por isso, será que pode perguntar-se por que razão o FC Porto jogou com o Sporting de Braga com uma linha parcialmente semelhante à que defrontou o Chelsea?
Contra estes argumentos, não há factos que resistam. Mesmo que sejam «bons factos», como aqueles que se esperam para este fim-de-semana, no Dragão. Sobre isso não vale a pena fazer futurologia, sondagens ou previsões. O Sporting leu Jesualdo. Esperemos, no nosso caso, que os jogadores tenham sobrevivido à pedagogia.
Volto a Hulk, para dizer que é cada vez mais fácil pespegar-lhe cartões amarelos e, em consequência, pô-lo fora de jogo. O epifenómeno conhecido por Apito Dourado (um julgamento popular e feito à medida) inaugurou um campeonato paralelo e original apenas aberto a árbitros: saber quem assinala mais faltas duvidosas contra o FC Porto e quem mostra mais cartões a jogadores da equipa. Quanto mais prejudicarem o FC Porto, mais pontos acumulam. No final, têm direito a aplauso e, quem sabe, a promoção na carreira. Para esta gente, os campeonatos de futebol deviam ganhar-se por televoto.
Francisco José Viegas, n' A Bola.
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