1 Este fim-de-semana, o FC Porto joga em Braga depois de uma presença especialmente importante na Liga dos Campeões; poder-se-ia pensar que a equipa iria desmoralizada para Braga, mas convém fazer contas. Que são estas: a derrota com o Chelsea não pesou no ânimo da equipa (já lá vamos — não falemos de finanças por agora), com o Braga só contará realmente uma vitória. É uma situação estranha mas compreensível: na Champions, o FC Porto mostrou que joga de igual para igual com qualquer equipa, e ainda há jogos para o apuramento; na Liga, a corrida começou e cada fim-de-semana é uma etapa crucial até que aconteça uma de duas coisas — ou o mais directo competidor acusar o esforço ou o Braga ser ultrapassado. Leiam Sun Tzu, o da Arte da Guerra. Vem lá o essencial sobre estratégia, sobre táctica, sobre delegados da Liga e sobre política. Mas uma coisa não vem: como marcar golos.
2 Eu volto ao meu pecado original: vale a pena valorizar Hulk e deixar-lhe caminho aberto para a baliza? Vale. Hulk é peso bruto, velocidade e oportunidade. Teve, até agora, todas as coisas; mais uma, notável: no jogo com o Leixões, fez o passe que deu um golo depois de dois dribles e de uma corrida em pontas, o que significa que foi bem treinado para avaliar o seu próprio egoísmo. Mas às vezes o melhor perde-se em matéria de concretização. Um amigo referiu, durante o jogo do Chelsea, que ele tem pernas. Tem pernas. Mas, confesso, se eu procuro pernas, penso em Sharon Stone, não preciso das de Hulk. E é isso que todos nós, sentados no estádio, precisamos de Hulk: um passo em frente depois do fantástico jogo de pernas.
3 Belluschi e Falcao merecem o lugar (há quem diga que Guarín, mas só depois do jogo com o Chelsea). Mas entre um e outro há uma diferença: Belluschi usa a milonga (não o tango, que tem volteio, graça e uma história de arrependimento,); Falcao corre como um gaúcho em busca do prémio. Lisandro faz-me falta, porque tenho memória (ainda hoje choro Diego); mas Falcao procura a oportunidade como o vento no pampa.
Francisco José Viegas n' A Bola.
2 Eu volto ao meu pecado original: vale a pena valorizar Hulk e deixar-lhe caminho aberto para a baliza? Vale. Hulk é peso bruto, velocidade e oportunidade. Teve, até agora, todas as coisas; mais uma, notável: no jogo com o Leixões, fez o passe que deu um golo depois de dois dribles e de uma corrida em pontas, o que significa que foi bem treinado para avaliar o seu próprio egoísmo. Mas às vezes o melhor perde-se em matéria de concretização. Um amigo referiu, durante o jogo do Chelsea, que ele tem pernas. Tem pernas. Mas, confesso, se eu procuro pernas, penso em Sharon Stone, não preciso das de Hulk. E é isso que todos nós, sentados no estádio, precisamos de Hulk: um passo em frente depois do fantástico jogo de pernas.
3 Belluschi e Falcao merecem o lugar (há quem diga que Guarín, mas só depois do jogo com o Chelsea). Mas entre um e outro há uma diferença: Belluschi usa a milonga (não o tango, que tem volteio, graça e uma história de arrependimento,); Falcao corre como um gaúcho em busca do prémio. Lisandro faz-me falta, porque tenho memória (ainda hoje choro Diego); mas Falcao procura a oportunidade como o vento no pampa.
Francisco José Viegas n' A Bola.
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