Há uma espécie de necessidade catártica ancestral e comum a quase todos os adeptos de futebol que exige o sacrifício de um bode expiatório quando as coisas correm mal. Por motivos óbvios, o treinador é quase sempre a escolha mais natural para a imolação, embora em muitos casos sirva fundamentalmente para expiar pecados alheios. O mau momento que o FC Porto atravessa agora não é diferente dos bons momentos que atravessou nas últimas épocas: tem vários responsáveis. Os dirigentes e as suas escolhas, os jogadores e as respectivas exibições e o treinador e as suas opções. Da mesma forma, a inversão do actual momento depende de todos. Das escolhas que os dirigentes façam nos próximos tempos, do rendimento dos jogadores, em particular nos jogos de hoje e de domingo, e das opções de Jesualdo Ferreira. Talvez para o treinador tudo seja um pouco mais urgente, mas depois de dois títulos consecutivos de campeão, Jesualdo Ferreira não tem muito mais a provar. De resto, este mesmo plantel e este mesmo treinador já empataram com o Benfica na Luz e já venceram com o Sporting em Alvalade. Porque não hão-de voltar a fazê-lo em Kiev ou seja onde for?
Jorge Maia n' O Jogo
Jorge Maia n' O Jogo
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