Não era inevitável, mas era previsível. O pechisbeque voltou em força às primeiras páginas dos jornais, e desta vez a culpa não é da crise do subprime. Quero sublinhar que a expressão "pechisbeque" - utilizada para designar as primeiras páginas dos jornais que valorizam o Benfica muito para além do seu valor facial, pela necessidade de dourar a pílula que se serve aos adeptos encarnados - foi aplicada originalmente pelo director de outro jornal desportivo há um par de semanas. Na altura, celebrava-se a sequência de triunfos dos encarnados sobre o Sporting e o Nápoles e tinha-se como certo que este Benfica dispensava os corantes e os conservantes: podia servir-se ao natural. Afinal, bastaram dois jogos para voltarmos à comida de plástico. Ou ao pechisbeque. Entretanto, Quique Flores, em entrevista ao jornal "AS", reconheceu que a vantagem do FC Porto no futebol português se explica com a existência de um projecto credível, que vai da formação de jogadores às vertentes sociais. Banalidades que não fazem boas primeiras páginas.
Jorge Maia n' O Jogo.
Jorge Maia n' O Jogo.
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