Encravei numa frase de Bruno Alves, algures aqui em baixo. "Cheguei à Selecção há relativamente pouco tempo e já havia marcadores de livres", explicou, quando lhe perguntaram qualquer coisa como isto: por que raio insistiram em Cristiano Ronaldo, com a Albânia, quando já tinha ficado provado que ele estava com a pontaria calibrada para os pássaros que andavam nas redondezas? Resposta de camarada: porque é isso que dita a hierarquia, quer ele atire à baliza ou à casa da vizinha mais próxima do estádio. Ainda que mal comparado, era como se eu dissesse que não socorreria uma vítima porque já há bombeiros na cidade. OK, não é bem a mesma coisa, mas serve para o que vem a seguir: foi mais ou menos por este tipo de camaradagem, ou respeito a hierarquias imaginárias, que Quaresma andou anos a assassinar a passarada ou a encher o quintal das vizinhas dos estádios quando marcava livres. E isto não é um ataque a Quaresma - aliás, louve-se-lhe a auto-estima por querer marcar sempre. Apenas a constatação simples: podíamos ter descoberto mais cedo que Bruno Alves sabia marcar livres.
Hugo Sousa n' O Jogo.
Hugo Sousa n' O Jogo.
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