quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Viena pintada de Tóquio

Quase 24 anos depois de Madjer e Juary terem dado a volta ao Bayern com dois golos que depois deram a volta ao Mundo, os heróis de Viena voltaram ao Prater, que desde 1992 se chama Ernst-Happel em memória do futebolista austríaco. E foi de memória, de recordações e de uma alegria genuína que se tratou este regresso ao palco que lançou o FC Porto para a primeira linha do futebol europeu. Como meninos, os jogadores do plantel de 1987 brincaram na neve que cobria o Prater, trocaram piadas e abraços, sorrisos e memórias. "Olha lá, Madjer, foi ali o calcanhar!" disse Futre para o argelino, apontando na direcção da baliza. Ao lado, Sousa e Celso concordavam que, com neve e temperaturas negativas, o cenário de Viena fazia recordar outro palco glorioso: "Neve e frio assim foi em Tóquio, quando ganhamos a Intercontinental ao Penãrol", sorriram, puxando as golas dos casacos para cima. Estiveram todos lá. Até Gomes, o bibota, que falhou a final por lesão. Ausências, notaram-se as de Mlynarczyk - que prometeu fazer tudo para chegar a tempo do jogo de hoje - e a do treinador Artur Jorge, que ficou no hotel a descansar. Hoje, contudo, "rei Artur" deve voltar ao campo de batalha onde conquistou a mais bela vitória do seu reinado.

Madjer

"O que é que eu posso dizer? É uma alegria muito grande voltar a este estádio onde fomos tão felizes. E é muito bom fazê-lo ao lado de tantos e tão bons amigos para reviver um jogo que marcou a história do futebol e a do FC Porto

Juary

"É muito bom voltar cá 23 anos depois daquele grande jogo. A primeira coisa que me lembro é que não havia esta neve, nem este frio todo. Agradeço a Deus a oportunidade de voltar cá, e também ao presidente Pinto da Costa que nos proporcionou esta grande alegria

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