Antes de mais, convém avisar que gosto de lugares comuns. Sinto que facilitam a comunicação. Afinal, por definição, todos reconhecemos um lugar comum quando o vemos e isso poupa imensas explicações desnecessárias. Quando alguém diz que no meio está a virtude, por exemplo, todos sabemos que se refere à necessidade de moderação e normalidade em contraponto com atitudes mais extremas. Curiosamente, a expressão também se pode aplicar ao futebol. Muitas vezes, é no meio que está a virtude. Era lá, no meio-campo, que moravam os míticos números 10, por exemplo. No FC Porto tetracampeão as virtudes até estavam divididas entre defesa, meio-campo e ataque e nem sequer existia um desses 10 ilusionistas, mas mesmo assim, havia muita virtude no meio. De resto, o futebol desenhado por Jesualdo Ferreira exige um meio-campo assim, virtuoso, diligente e generoso, tão influente no ataque como na defesa. E é por isso que, a confirmar-se a saída de Lucho, é inevitável a entrada de quem garanta que no meio continua a virtude.
Jorge Maia n' O Jogo.
Jorge Maia n' O Jogo.
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