Num futebol limitado pela dimensão reduzida de um mercado que os três principais clubes dividem entre si, os empréstimos de jogadores são simultaneamente um recurso fundamental para os mais pequenos, uma forma de elevar o nível de um campeonato que seria consideravelmente mais fraco sem eles e uma janela de oportunidade para jogadores que não têm espaço de afirmação nos respectivos clubes. Numa altura em que a falta de competitividade do campeonato nacional é uma preocupação permanente no discurso de alguns responsáveis, uma Liga sem jogadores como Renteria, Nuno André Coelho, Leandro Lima, Zoro e Fábio Coentrão, entre muitos outros, seria certamente uma Liga mais pobre. Sobra a questão da utilização desses jogadores contra as equipas que os emprestam. Uma questão que os ingleses resolveram de forma simples: os jogadores emprestados pura e simplesmente não podem jogar contra as equipas que os cedem, evitando-se dessa forma a suspeição que se pode abater sobre eles. Por outro lado, em Inglaterra cada clube só pode emprestar um jogador a um clube adversário. Acontece é que o nível geral do futebol inglês, ao contrário do português, depende muito pouco dos jogadores emprestados.
Jorge Maia n' O Jogo.
Jorge Maia n' O Jogo.
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