Nas várias comparações que já foram feitas entre Fernando e Paulo Assunção, faltou o detalhe do tamanho. Adriaanse - sim, cá está ele outra vez - explica-o melhor do que eu: "Se o Paulo fosse dez centímetros mais alto e se fosse mais rápido, estaria a jogar no Arsenal ou no Chelsea ou no Milan ou na Juventus." Disse-o a O JOGO, em 2006, no rescaldo de uma época notável do médio. Agora, reparem bem na coincidência: Paulo Assunção mede 1,73 metros e Fernando... 1,83. Entre um e outro, há os tais dez centímetros que, para Adriaanse, faziam toda a diferença. Além do tamanho, também há a velocidade e a idade. É improvável que isso tenha passado despercebido. Mas, ao contrário do que acontece com aqueles que são talhados para os holofotes, as atenções de mercado dispensadas a jogadores como Fernando costumam ser tratadas à imagem da postura em campo: na sombra; bem discretas. Os grandes clubes insistem em comprar lâmpadas, potentes e brilhantes, mas, de vez em quando, lá se rendem à evidência: é preciso um interruptor que as ligue. No FC Porto, Fernando foi excelente a projectar o brilho de outros, sem anular o dele.
Hugo Sousa n' O Jogo.
Hugo Sousa n' O Jogo.
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