Bruno Alves sofre de hipermetropia. O pior é que nem sequer é a hipermetropia dele. É a hipermetropia de uma parte considerável da crítica que, precisamente por sofrer de hipermetropia, vê o futebol cá do burgo através de lentes coloridas de acordo com as respectivas preferências ou clientelas clubísticas. Por outras palavras, é gente que vê mal ao perto e que por isso mesmo é incapaz de reconhecer um jogador excepcional mesmo que este lhe seja esfregado no respectivo nariz durante anos a fio. Em contrapartida, o que não falta por essa Europa fora é quem veja bem ao longe. De Manchester, a Liverpool, passando por Londres, Madrid, Barcelona e Milão não falta quem tenha reparado em Bruno Alves. O que nem sequer é de admirar, considerando o que o central do FC Porto cresceu nos últimos anos. Um dia destes, vai crescer o suficiente para não caber nos estreitos limites financeiros do futebol português. Depois, quando for para longe, os mesmos que só o conseguem ver desfocado no FC Porto hão-de finalmente poder vê-lo tal como já é: um dos melhores centrais do Mundo.
Jorge Maia n' O Jogo.
Jorge Maia n' O Jogo.
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