Há um ano, o sorteio das meias-finais da Taça da Liga foi condicionado. Usaram-se dois potes. Um para os dois melhores primeiros classificados da fase anterior, que, no caso, eram o Sporting e o Benfica, e outro com o terceiro melhor primeiro classificado e o melhor segundo, que, no caso, eram o FC Porto e o Guimarães. Como resultado desse condicionamento, FC Porto e Guimarães ficaram automaticamente condenados a jogar fora de casa a fase seguinte, enquanto se garantiu, ao Sporting e ao Benfica, o privilégio de receber os dois jogos das meias-finais. Este ano, sem mudanças nos regulamentos e sem explicações, a Liga optou por um sorteio puro. O que justifica a questão: porquê? Ora, este ano os dois melhores primeiros classificados eram o Sporting e o FC Porto. Com um sorteio condicionado, com os mesmos dois potes do ano anterior, o Benfica e a Académica estariam condenados a jogar fora de casa, mas, com um sorteio puro, os encarnados tinham uma hipótese de jogar na Luz: bastava que o sorteio lhes tivesse colocado a Académica no caminho. Não aconteceu. É o que têm os sorteios. Às vezes escrevem direito por linhas muito tortas.
Jorge Maia n' O Jogo.
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