Há coisas extraordinárias que se vêem quando as portas de um treino se abrem. Alguém conseguiria imaginar uma dupla de centrais formada por Farías e Rabiola? Passaria pela cabeça de alguém que Ventura fosse um goleador? Pois é: ano novo, posições novas no FC Porto. Houve quase cinco mil testemunhas, enchente que, ontem, compôs uma das bancadas centrais e que nem a chuva foi capaz de comprometer. "Pensei que íamos à praia", dizia uma das adeptas, desviada para o Dragão, de surpresa, numa romaria familiar. E satisfeita por isso.
Outros, mais avisados, traziam o plano bem estudado de casa, espreitando pelas frinchas enquanto as portas não se abriam; tentavam iludir a impaciência provocada pelo cumprimento dos horários previstos. Por vontade deles, que começaram a acotovelar-se junto à Loja Azul já depois de terem visto e revisto as montras do shopping do lado, e porque a chuva dava poucas tréguas, a porta tinha ido abaixo mais cedo. "Olha a hora", gritava-se, quando ainda faltava muito para a hora. O remédio era conversar para encurtar o tempo. A visita de Maradona, prevista para o jogo com o Trofense, passava de raspão, de boca em boca, entre outros assuntos, mais ou menos futebolísticos.
Quando, enfim, se abriram as portas, os jogadores já lá estavam, à espera da multidão. Tinham entrado uns minutos antes para que não se perdesse tempo com o aquecimento, a parte mais aborrecida dos treinos. Estavam prontinhos a jogar, com duas balizas montadas em apenas meio-campo. Laranjas de um lado; azuis do outro. Tirando Helton e Nuno, que continuaram onde era esperado, houve surpresas no resto: já se disse que Farías e Rabiola formaram uma inesperada dupla de centrais do lado azul, que, diga-se, encaixou sete golos. Lucho, Guarín e Ventura - isso mesmo, Ventura - bisaram; Rodríguez marcou o outro. Os azuis ainda tentaram recuperar, graças à pontaria de Farías, Mariano e Raul Meireles. Fantástico o golo de Farías, inesperadamente acertado como central e a ganhar protagonismo mais à frente, com uma bomba que arrancou da bancada uma explosão de aplausos. Vencedores, os laranjas, fizeram a vénia ao público no fim, agradecendo a presença num treino que foi curto, mas que teve mais gente do que muitos jogos oficiais. A olho, estariam, no mínimo, cerca de cinco mil na bancada. E insiste-se na ideia: quantos jogos se podem orgulhar disso?
Hugo Sousa n' O Jogo.
Outros, mais avisados, traziam o plano bem estudado de casa, espreitando pelas frinchas enquanto as portas não se abriam; tentavam iludir a impaciência provocada pelo cumprimento dos horários previstos. Por vontade deles, que começaram a acotovelar-se junto à Loja Azul já depois de terem visto e revisto as montras do shopping do lado, e porque a chuva dava poucas tréguas, a porta tinha ido abaixo mais cedo. "Olha a hora", gritava-se, quando ainda faltava muito para a hora. O remédio era conversar para encurtar o tempo. A visita de Maradona, prevista para o jogo com o Trofense, passava de raspão, de boca em boca, entre outros assuntos, mais ou menos futebolísticos.
Quando, enfim, se abriram as portas, os jogadores já lá estavam, à espera da multidão. Tinham entrado uns minutos antes para que não se perdesse tempo com o aquecimento, a parte mais aborrecida dos treinos. Estavam prontinhos a jogar, com duas balizas montadas em apenas meio-campo. Laranjas de um lado; azuis do outro. Tirando Helton e Nuno, que continuaram onde era esperado, houve surpresas no resto: já se disse que Farías e Rabiola formaram uma inesperada dupla de centrais do lado azul, que, diga-se, encaixou sete golos. Lucho, Guarín e Ventura - isso mesmo, Ventura - bisaram; Rodríguez marcou o outro. Os azuis ainda tentaram recuperar, graças à pontaria de Farías, Mariano e Raul Meireles. Fantástico o golo de Farías, inesperadamente acertado como central e a ganhar protagonismo mais à frente, com uma bomba que arrancou da bancada uma explosão de aplausos. Vencedores, os laranjas, fizeram a vénia ao público no fim, agradecendo a presença num treino que foi curto, mas que teve mais gente do que muitos jogos oficiais. A olho, estariam, no mínimo, cerca de cinco mil na bancada. E insiste-se na ideia: quantos jogos se podem orgulhar disso?
Hugo Sousa n' O Jogo.
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