Um antigo director meu costumava dizer-me que de insubstituíveis está o cemitério cheio. Devia saber do que falava, até porque já cá não está: foi substituído e, por sinal, a vida continua, dando-lhe razão todos os dias. Ora, mesmo que este não tenha sido o caso, o facto é que há algumas pessoas que são mais difíceis de substituir do que outras. Há um par de meses, por exemplo, Bruno Alves parecia ser insubstituível e a sua saída para o Zenit ameaçava deixar um buraco impossível de preencher no eixo da defesa do FC Porto, assombrando o eventual sucessor com o peso de uma herança difícil de suportar. Pois bem, Maicon não só exorcizou o fantasma de Bruno Alves, como tem crescido a cada jogo que passa até preencher os buracos que ocasionalmente aparecem pelos seus lados. O facto de o ter feito quando tinha toda a gente a olhar para ele, à espera de um deslize que servisse para evocar a memória do antecessor, é apenas mais um detalhe que serve para provar que, de facto, não há insubstituíveis. Mesmo do lado de fora dos cemitérios.
Jorge Maia n' O Jogo.
Sem comentários:
Enviar um comentário