Conferência de imprensa de André Villas-Boas n' O Jogo:
Com um Benfica-Sporting - e ainda que o FC Porto tenha uma deslocação que pode ser complicada - há a consciência do impacto que isso pode ter na classificação?
É uma oportunidade de ganharmos pontos aos adversários directos, isso parece-me claro. Temos oito vitórias consecutivas, ainda que apenas quatro de campeonato, e isso não é nada de transcendente. Pode ser uma boa oportunidade para aumentar a distância pontual em relação a um dos adversários directos ou até aos dois, em caso de vitória na Madeira. Se é um estímulo-extra? Acho que sim. Mas, mesmo que não o houvesse, a obrigatoriedade passaria sempre por pontuar, por trazer a vitória. Além de ser estímulo-extra, e considerando um calendário que propõe confrontos directos nas próximas jornadas, temos a oportunidade de consolidar a nossa liderança. Os jogadores, como bons profissionais que são, sabem que é importante não deixar fugir esta oportunidade.
Em casa, o Nacional já foi capaz do melhor e do pior. Ganhou ao Benfica e perdeu com o Guimarães...
Parece-me cedo para tirar ilações completas, até porque há alguns lesionados e alterações a nível estrutural. Foi capaz do melhor e do pior em casa, mas também fora: tem uma vitória em casa do Rio Ave e uma derrota em Leiria. O importante é saber que passaremos mais esta jornada na liderança. Queremos os três pontos para a cimentar e, como já disse, para aproveitar os confrontos directos das próximas jornadas.
Há um desgaste para gerir, tendo em conta os últimos jogos?
Sim e não, porque a mudança do jogo para segunda-feira permitiu-nos ter mais um dia de repouso. O tempo é mais do que suficiente para recuperarmos.
Mas, vai voltar a mexer na equipa?
As decisões que tomámos para o jogo anterior, a alternância que temos feito e a variabilidade em termos de jogo, havendo um certo factor surpresa, permite-nos encarar o leque de opções disponíveis com agrado. Não é impossível haver alterações. Mas, o mais importante é louvar o lado imprevisível daquilo que o FC Porto pode fazer.
Nesse contexto, a boa resposta de Rodríguez ou Rúben Micael no último jogo, eles que não têm sido titulares, comprova que estão todos prontos? E, já agora, isso consegue-se como?
O estímulo tem de estar sempre presente. Quem se deixar abater pela falta de estímulo terá ainda mais dificuldades em entrar na equipa. Não é caso destes últimos dias ou semanas de trabalho. Todos têm sido extremamente competitivos e a alternância nas convocatórias dá indicações nesse sentido. A competitividade é boa e quem se deixar abater, menos espaço terá. É importante manter esse espírito.
Hugo Sousa
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