Jesualdo Ferreira em declarações a O Jogo:
Com Hulk em grande forma, o FC Porto lidera o campeonato. Em separado, qualquer um destes assuntos - Hulk e FC Porto - seria suficiente para uma conversa com Jesualdo Ferreira. Juntar as duas coisas acabou por tornar-se irresistível, resgatando-lhe memórias da trajectória que foi obrigado a fazer sem o brasileiro por causa do castigo aplicado pela Comissão Disciplinar, na sequência do que se passou no túnel da Luz. "Quando o Hulk voltou, todos perceberam aquilo que foi o FC Porto. Recordo que estivemos 12 jogos consecutivos a ganhar, só que, naquela altura, o atraso já era difícil de recuperar. O Benfica e o Braga fizeram o que tínhamos feito em anos anteriores. Quando nos distanciávamos, depois era impossível", disse ontem, no dia que encerrou a participação no Fórum de treinadores de elite, promovido pela UEFA.
Naquilo que pode ser visto como um reforço da ideia, encadeou a actual situação dos portistas. "Creio que percebem que o facto de o Hulk ter começado muito bem - e aconteceu o mesmo na época passada - levou a que o FC Porto tenha ganho vantagem. Tem seis pontos sobre o Benfica, o seu adversário mais directo, e não vai ser fácil ao Benfica encontrar forma de, nos próximos tempos, atenuar ou recuperar esta diferença. É assim que se ganham e perdem campeonatos", referiu, sinalizando o momento em que perdeu o da época passada. "Foi na segunda volta. Perdemos dois jogadores [Hulk e Sapunaru], perdemos competitividade, perdeu-se muito tempo a discutir coisas que não interessavam nada e acabámos por ser vítimas. Se tivéssemos tido todos os jogadores em pleno, pelo menos do ponto de vista mental, não sei o que iria acontecer. O Benfica podia até ganhar, mas o campeonato seria diferente, isto porque, em dois meses, o FC Porto teve poucos jogadores activos, que se esgotaram ao final de algum tempo. Ninguém aguenta. Se forem ver o calendário, entre Janeiro e 28 de Fevereiro, quando perdemos em Alvalade e ficámos praticamente arredados do titulo, percebem pelos resultados, com Champions pelo meio, que não foi fácil".
Rui Miguel Gomes n' O Jogo.
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