André Villas-Boas é um treinador incomum. Não iria ao ponto de lhe chamar especial por motivos óbvios, mas é incomum. É incomum chegar tão jovem a um clube da dimensão do FC Porto e é incomum chegar à 7ª jornada do campeonato isolado na frente com sete pontos de vantagem sobre os segundos, seis vitórias e um empate no registo e apenas três golos sofridos. Para consegui-lo é preciso cometer muito poucos erros e isso também é incomum. Aliás, no futebol português, o normal é cometer erros. Toda a gente os comete. Os jogadores e os árbitros, claro, mas também os treinadores e os dirigentes e até os jornalistas, todos cometemos erros. É banal. Incomum é reconhecer que se errou. Nem os jogadores nem os árbitros, nem os treinadores nem dirigentes e nem os jornalistas têm o hábito de dar o braço a torcer. Faz sentido. Dar o braço a torcer pode ser desagradável e doloroso, mas também é essa capacidade de sofrimento que separa quem é banal de quem é incomum.
Jorge Maia n' O Jogo.
1 comentário:
VB retratou-se perante a evidência das imagens disponíveis para toda a gente.
se não o fizesse iria cobrir-se de ridículo alegando algo que todos veriam ser falso.
Portanto, considerar esse acto de corajoso, é baixar muito a fasquia da exigência ética.
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