Vítor Baía sentiu necessidade de se esclarecer ontem, depois de ter sido "descontextualizado" na véspera. Para não haver confusões desta vez, explicou, como quem faz um desenho a um miúdo, que há quem use pesos e medidas diferentes para avaliar aquilo que se consegue no FC Porto e aquilo que se consegue nos clubes da capital. Nada de novo. E nada de velho, também. Tome-se como exemplo esta jornada europeia, até porque ainda está fresca na memória. Imaginem-se as loas que não se teriam tecido se uma equipa da capital do império tivesse ganho por 3-1 num dos estádios mais complicados do mundo, em (dupla) inferioridade numérica, e contra uma arbitragem fora-da-lei. Que génio não seria o seu treinador? Que artistas os seus jogadores? Que sonhos não estariam ao seu alcance? E depois, imagine-se o que não se teria escrito se o FC Porto tivesse perdido contra o 14º classificado do campeonato francês por 2-0 sem ter conseguido criar uma única oportunidade de golo. Estão a perceber? É disso que Vítor Baía falava.
Jorge Maia n' O Jogo.
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