Por razões irrelevantes que não são para aqui chamadas e que apenas aparecem a título de reforço da ideia, sou do mais insuspeito que há para sublinhar qualidades de Bruno Alves. E, sim, também tive dúvidas sobre o comportamento da defesa sem ele. Apesar dos ecos positivos que chegavam sobre os treinos de Maicon, a verdade é que, à vista desarmada, foram poucas as oportunidades para o avaliar na época passada. Mais importante ainda: este ano, ele estava obrigado a crescer em campo sem a protecção de uma sombra inatacável. Ao contrário do que tinha sucedido com Pepe ou Bruno Alves, e isto sem desprestigiar Rolando, parecia faltar-lhe cobertura com cabedal para almofadar o impacto de eventuais deslizes que outros também cometeram - quem não se lembra do primeiro ano de Pepe, em que jogo sem uma asneira comprometedora dele não era jogo? Bruno Alves esteve longe de ser consensual no início. As exibições de Maicon têm sido à prova de bala, mas refrescar a memória com estes exemplos relativiza eventuais asneiras futuras. Com uma diferença, que é boa para o FC Porto: pode não haver sombra protectora no relvado, mas, desta vez, há sombra suficientemente ameaçadora... no banco.
Hugo Sousa n' O Jogo.
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