Agora que toda a gente já teve oportunidade de dissertar sobre os pequenos milagres operados por Villas-Boas, está na altura de começar a apontar os grandes: tornar Sapunaru num jogador credível parece-me, até agora, o maior de todos. Mais consistente a defender, que é aquilo que lhe compete em primeiro lugar, vai-se descobrindo aos poucos um Sapunaru que já não bloqueia com a linha de meio-campo: não só ataca, como ataca bem. Duas novidades, portanto. E atacar bem no caso dele, mais do que desequilibrar, significa gerir equilíbrios com o destravado Álvaro Pereira. Juntando este novo e surpreendente Sapunaru à redescoberta de Belluschi (bastou mudar o chip das transições rápidas para o chip do ser-se rápido, mas com a bola nos pés...), percebe-se que tão ou mais importante do que treinar jogadores para correrem atrás de uma bola é saber mentalizar jogadores para correrem atrás de uma ilusão. A de que são os maiores, por exemplo. Simplificando: diz-me quem te treina dir-te-ei se és bom...
Hugo Sousa n' O Jogo.
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