Senador
Onde estão os sucessores?
Por
RUI MOREIRA
A liga portuguesa parece a torre de Babel. Quer nos grandes quer nos pequenos, grande parte dos reforços são estrangeiros.
No caso do FC Porto, há quem aponte, com alguma razão, que a equipa está cada vez mais sul-americana. Lamenta-se que os jogadores portugueses continuem a sair, a título de empréstimo, e depois, raramente voltem ao clube.
Ora, a culpa desta estrangeirização não está no FC Porto, nem nos outros grandes, que também têm apostado na formação. Só que as suas canteras não chegam para a procura e até o Sporting, que tem tido a sorte e o engenho de formar os melhores mas cujas virtudes nesta matéria são exageradas (porque o recurso à prata da casa também decorre da consequência de apertos financeiros), se vê obrigado a pescar no estrangeiro.
Não se trata pois, de uma escolha dos dirigentes dos clubes ou dos treinadores. A lei Bosman, um daqueles masoquismos típicos desta nossa Europa que finge proteger os pequenos para afinal facilitar a vida aos maiores, também não é desculpa para tudo.
A verdade é que é difícil, a um clube como o FC Porto, encontrar jogadores nacionais que interessem, porque, à parte os inatingíveis emigrantes de luxo, não se vislumbram, nos nossos campeonatos, portugueses com potencial suficiente para serem titulares.
É este, afinal, o legado da era-Scolari, em que áreas importantes como a formação e a captação foram grandemente negligenciadas. Ainda bem que Carlos Queiroz foi escolhido, porque é o guru da formação, mas será ele o primeiro a sentir esta míngua quando, na selecção, terminarem as carreiras de alguns dos seus actuais e insubstituíveis jogadores. Poderá não haver, então, sucessores à altura. Dirão, enfim, que é pessimismo, que só faltam, como sempre, pontas-de lança…
Mas, por exemplo, alguém viu por aí um provável sucessor de Deco?
Rui Moreira n' A Bola
Onde estão os sucessores?
Por
RUI MOREIRA
A liga portuguesa parece a torre de Babel. Quer nos grandes quer nos pequenos, grande parte dos reforços são estrangeiros.
No caso do FC Porto, há quem aponte, com alguma razão, que a equipa está cada vez mais sul-americana. Lamenta-se que os jogadores portugueses continuem a sair, a título de empréstimo, e depois, raramente voltem ao clube.
Ora, a culpa desta estrangeirização não está no FC Porto, nem nos outros grandes, que também têm apostado na formação. Só que as suas canteras não chegam para a procura e até o Sporting, que tem tido a sorte e o engenho de formar os melhores mas cujas virtudes nesta matéria são exageradas (porque o recurso à prata da casa também decorre da consequência de apertos financeiros), se vê obrigado a pescar no estrangeiro.
Não se trata pois, de uma escolha dos dirigentes dos clubes ou dos treinadores. A lei Bosman, um daqueles masoquismos típicos desta nossa Europa que finge proteger os pequenos para afinal facilitar a vida aos maiores, também não é desculpa para tudo.
A verdade é que é difícil, a um clube como o FC Porto, encontrar jogadores nacionais que interessem, porque, à parte os inatingíveis emigrantes de luxo, não se vislumbram, nos nossos campeonatos, portugueses com potencial suficiente para serem titulares.
É este, afinal, o legado da era-Scolari, em que áreas importantes como a formação e a captação foram grandemente negligenciadas. Ainda bem que Carlos Queiroz foi escolhido, porque é o guru da formação, mas será ele o primeiro a sentir esta míngua quando, na selecção, terminarem as carreiras de alguns dos seus actuais e insubstituíveis jogadores. Poderá não haver, então, sucessores à altura. Dirão, enfim, que é pessimismo, que só faltam, como sempre, pontas-de lança…
Mas, por exemplo, alguém viu por aí um provável sucessor de Deco?
Rui Moreira n' A Bola
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