Meu caro prof. Jesualdo Ferreira
NUNCA imaginei vê-lo fazer o que fez no Jamor: levantar-se, abrupto, da conferência de imprensa, praguejando, descabelado:
– Vocês não me querem aqui!...
Vocês?! Acha que somos nós, sádica camarilha de jornalistas, que não o queremos aí? Dê saltinho ao blog Dragão até à Morte – e veja. É, no futebol as opiniões não mudam apenas com os resultados ou a palidez das exibições, mudam por sinais, humores e espantos – e sobretudo quando nos esquecemos do que somos. Foi o seu drama: esquecer-se do que o FC Porto é, não se dando largo por dentro, na alma, ao sonho deles. Isso também está no Dragão até à Morte, num post fechado em angústia: «Prof. no final do jogo com o Chaves, sabe o que se dizia no autocarro em que viajei? Que o pessoal vinha mais animado da derrota na Taça da Liga do que da vitória de ontem. E a malta não é masoquista...»
Pois, a história mostra-o: mais tarde ou mais cedo, quase todos os treinadores, mesmo os bons como você, transformam-se numa espécie de monstro em que há dois homens num, o segundo é o que se perde, se destroça, se lamenta, se irrita. E o seu problema, pressente-se, é que 90% dos portistas acreditam que esse segundo homem em si já desfez, fatal, o outro. Sim, um dos desportos nacionais predilectos é a caça ao bode expiatório e num jogo como o futebol por trás do culpado que se aponta há dezenas de falsos inocentes a dormirem à sombra tranquila do destino – é cruel, é assim. Agostinho da Silva ensinou-me que pode haver encanto filosófico em termos a coerência do incoerente e a originalidade de não nos importarmos nada com isso. Ao pensar nessa ideia dele, outra me apareceu, súbita: mesmo depois do que eu já disse de si, se o seu substituto não for Domingos Paciência ou Carlos Queiroz – injusto é não continuar você aí. Mas se ficar ou for para outro lado, não se esqueça, nunca mais, de que o optimista ou o audaz erram tanto como o pessimista ou o medroso mas sofrem muito menos...
António Simões n' A Bola.
Começo com um pedido de desculpa do meu comentário não ser de maneira nenhuma tão elaborado e com citações de um dos grandes filósofos do nosso país, mas nem todos temos que saber escrever, nem ser tão sábios, mas isso não interessa mesmos nada...
ResponderEliminarO que me faz escrever aqui é realmente a conferência de imprensa do Jesualdo Ferreira, o que eu concordei plenamente com ele, os jornalistas (e todos os outros que você menciona), conseguem fazer de uma pessoa bestial e no dia seguinte besta, e em 4 anos sempre a mesma duvida se entra ou se saí e engraçado que é sempre com ele, como foi com o Paulo Bento ao ponto de este ter desistido, com a pressão, são os críticos, os jornalista, comentadores e os adeptos de bancada, que criam esse tal monstro que você fala, que eu na minha ignorância chamo-lhe auto defesa ou uma outra coisa...
Também não concordo da maneira como vocês lidam com pessoas honestas, pensado e citando pensamentos como fossem lemas da vossa vida, “transformando-se numa espécie de monstro em que há dois homens num, o segundo é o que se perde, se destroça, se lamenta, se irrita” ......
Sabe! Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, desperta, e chama-se a isto autoconhecimento...
e não "monstro". Conclusão:"Uns sapatos que ficam bem numa pessoa são pequenos para uma outra; não existe uma receita para a vida que sirva para todos"...
Começo com um pedido de desculpa do meu comentário não ser de maneira nenhuma tão elaborado e com citações de um dos grandes filósofos do nosso país, mas nem todos temos que saber escrever, nem ser tão sábios, mas isso não interessa mesmos nada...
ResponderEliminarO que me faz escrever aqui é realmente a conferência de imprensa do Jesualdo Ferreira, o que eu concordei plenamente com ele, os jornalistas (e todos os outros que você menciona), conseguem fazer de uma pessoa bestial e no dia seguinte besta, e em 4 anos sempre a mesma duvida se entra ou se saí e engraçado que é sempre com ele, como foi com o Paulo Bento ao ponto de este ter desistido, com a pressão, são os críticos, os jornalista, comentadores e os adeptos de bancada, que criam esse tal monstro que você fala, que eu na minha ignorância chamo-lhe auto defesa ou uma outra coisa...
Também não concordo da maneira como vocês lidam com pessoas honestas, pensado e citando pensamentos como fossem lemas da vossa vida, “transformando-se numa espécie de monstro em que há dois homens num, o segundo é o que se perde, se destroça, se lamenta, se irrita” ......
Sabe! Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, desperta, e chama-se a isto autoconhecimento...
e não "monstro". Conclusão:"Uns sapatos que ficam bem numa pessoa são pequenos para uma outra; não existe uma receita para a vida que sirva para todos"...